A justiça de Crateús, decidiu após audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (21), o futuro das três pessoas presas na 2ª fase da “operação rachadinha” que apura desvio de dinheiro na secretaria de educado daquele município.
Após ouvir os acusados, Dr. Marco Aurélio, juiz que autorizou as prisões e as buscas realizadas na terça-feira (19), decidiu que Luan Júnior Araújo Feitosa, responsável pela inserção dos dados falsos no sistema da secretaria continuará preso e seguirá para o centro de triagem de Novo Oriente, onde permanecerá à disposição do judiciário.
Já as duas mulheres acusadas de chefiar as ações e fazer a arrecadação do dinheiro, terão destinos diferentes. A esposa do vereador Deusimar da Ponta, Ana Claudia Teles da Ponte, ficará em prisão domiciliar com o uso de uma tornozeleira eletrônica. De acordo com a justiça, ela ainda seguirá para Sobral para que o monitoramento eletrônico seja instalado. A outra acusada de fazer parte do esquema, Antônia Monaliza Pinheiro da Paz Chaves, seguirá para prisão especial, onde também aguardará o desenrolar das investigações.
É importante salientar, que o processo de investigação que resultou nas prisões, continuam. Segundo informações, mais pessoas poderão ser presas a depender do que seja encontrado na quebra do sigilo telefone dos acusados e na vasta documentação apreendida durante as buscas.
Em coletiva de imprensa, o promotor de justiça responsável pelo caso, Dr. Lázaro Trindade informou que o caso envolvia aproximadamente 60 pessoas e consistia em arrecadar dinheiro através de um esquema que usava professores contratados da rede municipal de ensino de Crateús.
Segundo as investigações, nem o prefeito e nem à secretária de educação do município sabiam da ação que acontecia de forma sigilosa. Ainda de acordo com as informações, a titular da pasta chegou a ser ouvida pelo MP como testemunha, e teria ficado surpresa diante das denúncias.
