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Ceará tem 80% dos focos do Aedes aegypti nas residências

Alguns fatores têm preocupado as autoridades de saúde do Ceará. Após quase uma década, o sorotipo 2 da dengue voltou a circular pelo estado, provocando dados alarmantes. E isso contribuiu, segundo as autoridades de saúde, para os mais de 16 mil casos prováveis registrados ao longo de 2019, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

A situação é ainda mais delicada no Ceará, pois existem os municípios que enfrentam a seca e têm problemas de fornecimento de água. Esse problema faz com que as pessoas façam o armazenamento irregular nas residências, contribuindo para o aumento da infestação do mosquito Aedes aegypti.

A supervisora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Ceará, Sarah Mendes, revela que 80% dos focos do mosquito transmissor dessas três doenças estão nas residências. Ela dá algumas dicas de como evitar a proliferação do mosquito.

“É conhecer a sua casa. O que é possível estar armazenando água? A plantinha está armazenando? Os reservatórios? No caso do Ceará, bem específico, com relação à seca e ao fornecimento de água não regular, precisa-se buscar o serviço de saúde quando tiver alguma denúncia de algum terreno baldio que esteja com possíveis reservatórios. Se a gente conseguir reduzir isso, consegue minimizar os efeitos das arboviroses no próximo ano”.

A agricultora Antônia Helena Ferreira Sousa, de 50 anos, moradora de Novo Oriente, por exemplo, teve dengue e chikungunya em menos de 2 anos e conta o que sentiu.

“Muita dor no corpo, dor de cabeça, febre e doendo todas as juntas. Sem coragem de fazer nada em casa. Nem comida podia fazer. Nada, nada, nada! Dá um cansaço também na pessoa, pele manchada, pele muito vermelha, tudo! Aí graças a Deus, de lá para cá, eu venho só me cuidando. Tendo cuidado nas águas que eu uso em casa, tendo cuidado em todas as plantas que acumulam água. Eu não tenho aqui em casa. Sempre eu cuido das vasilhas direitinho, já com medo, porque eu já peguei e já sei como é, todas as duas”.

Vale destacar que agora, com a intensificação das chuvas, o clima fica favorável para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Então, a melhor prevenção é evitar a proliferação deles, eliminando água armazenada que pode se tornar possível criadouro, como em vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e manutenção e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

 

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