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Tamboril: PT expulsa o vereador Geovane e parlamentar classifica a ação como perseguição política

Um dos mais atuantes parlamentes do poder legislativo de Tamboril, o vereador Geovane Santos, vem sofrendo um processo de cassação por infidelidade partidária com pedido de expulsão, por parte do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda na qual ele é filiado, desde os seus 16 anos. A motivação seria pelo fato do vereador não defender a gestão municipal, na qual a agremiação ocupa a vice e três secretarias, tendo Pedro Calisto do MDB como gestor. Geovane sempre deixou claro e foi contra o fato do PT formar chapa com a legenda que ajudou Dilma a ser deportada da presidência.

Geovane do PT, como é mais conhecido, ganhou notoriedade desde o seu primeiro mandato, porém, nos últimos anos, ele tem sido a voz mais atuante quando nas sessões do legislativo tamborilense. Ele tem cobrado da gestão, a solução para problemas provocados pela ausência de eficiência em algumas áreas. Ele foi o vereador que levou à tribuna da câmara, as principais demandas e cobranças vindas da classe trabalhadora de Tamboril.

Ele bateu de frente com a gestão na qual o seu partido faz parte, quando os servidores passavam três meses sem receber salários; foi dele a atitude de cobrar regularidade nas rotas do transporte escolar, em situações que se tornaram repetitivas pela também falta de pagamento e pelo abandono de rotas por motoristas que se viram abandonados e sem respostas quando cobravam o pagamento de até três meses de atraso no pagamento. Nesse tempo muitos alunos ficaram prejudicados. As reclamações chegavam diariamente as duas emissoras de rádio da cidade.

Sempre deixando claro que estava como vereador para defende a classe trabalhadora e a população mais pobre do município, o parlamentar não se furtou em nenhum momento do debate. Mesmo sendo ofendido em alguns momentos, ele deixou claro que sua postura seria a de fazer a representatividade parlamentar valer a pena. Nas muitas entrevistas, Geovane disse que seu papel e posicionamento era de ficar ao lado do povo, que estava sofrendo diante dos problemas já descritos.

A defesa do vereador Geovane, alega que ele quase não teve direito a ampla defesa. Na audiência de instrução que o PT promoveu, a data coincidia com compromissos já agendados em Fortaleza. Mesmo oficiando o partido para alterar a data da referida reunião, ele não obteve sequer resposta. Segundo a defesa, tais atitudes mostravam que o objetivo não era o de ouvir suas alegações, mas de promover uma ação orquestrada querendo calar sua voz. Segundo o vereador, testemunhas de defesa não foram ouvidas pelo conselho do partido que analisaram a situação.

Em 2016, o partido havia acordado e aceitado que Geovane pudesse fazer campanha pelo então candidato na época, Ramiro Jr. Passado a eleição e tendo Ramiro perdido o pleito, o parlamentar continuou mantendo sua mesma posição da eleição. Contrária a parceria que o PT formou com o MDB que cassou Dilma da presidência.

Nesta terça-feira (31), há seis meses antes da eleição, o partido que teve três anos pra tomar essa decisão, efetivou o resultado da instância municipal. O partido decidiu por 8 votos a favor e 4 contra, expulsar sem perca de mandato, Geovane do PT. Segundo a defesa, o vereador que foi o vereador do PT com o maior número de votos em Tamboril e o segundo na região dos Sertões de Crateús, tem direito a recorrer para a instância estadual e nacional.

Segundo ainda a defesa, todas as instâncias serão percorridas. Geovane disse que não vai se pronunciar e classificou o ato como perseguição política.

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