Desde o início da pandemia de coronavírus, o Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), trabalha para conter a transmissão da Covid-19 e garantir um atendimento de qualidade à população cearense. Adotado no enfrentamento à doença, o isolamento social tem sido eficaz para evitar o aumento de casos em Fortaleza e no interior.
Na última quinta-feira (28), o governador do Ceará Camilo Santana apresentou o Plano Responsável de Abertura das Atividades Econômicas e Comportamentais e anunciou que irá renovar o decreto de isolamento social, com a recomendação de medidas mais rígidas para algumas cidades do interior do estado. “Irei renovar o decreto em todo o Estado do Ceará. Inclusive, a partir de recomendações da Secretaria da Saúde, vamos sugerir ou determinar que alguns municípios do interior adotem um isolamento mais restritivo”, ressaltou Camilo.
Além de reduzir consideravelmente o número de casos percentuais, o isolamento também permitiu que o Estado pudesse ampliar o número de leitos no sistema de saúde. Ao todo, são quase 2.400 leitos exclusivos para atendimento de Covid-19 em todo o Ceará. “Não há dúvidas da importância do isolamento social e sua repercussão no sistema de saúde”, garante o secretário da saúde do Estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto).
O Ceará possui 37.954 casos confirmados de Covid-19. Desses, 21.390 foram notificados em Fortaleza. Os dados estão disponíveis no IntegraSUS, plataforma de transparência da Sesa. Especialistas alertam que, para evitar o avanço da doença no interior do Estado, é fundamental o respeito ao isolamento social.
A atitude também contribui para que o sistema de saúde não seja sobrecarregado e consiga atender com eficiência e agilidade os pacientes. “A velocidade da contaminação pode elevar rapidamente o número de casos. Com o agravamento desses casos, ainda que haja aumento na estrutura física, pode haver sobrecarga das equipes assistenciais”, explica a coordenadora do Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Regional Norte (HRN), Diana Muniz.
O neurologista do HRC, Gustavo Vieira Rafael, reforça a importância do isolamento social para a saúde da população. “Existem as outras comorbidades que não deixaram de existir, como o AVC e o infarto, que são provocados inclusive por diabetes, hipertensão, obesidade, fatores de risco de maior mortalidade em pacientes que adquirem Covid-19. Com a falta do isolamento social, o número de contaminados cresce vertiginosamente, lotando os leitos de hospital. Dessa forma, pacientes com essas outras patologias são penalizados por falta de leito”, explica.