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Ceará apresenta maior queda de Crimes Violentos Letais Intencionais desde 2012

Há dez meses seguidos o Ceará vem registrando redução no número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), que engloba homicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios. O mês de junho apresentou uma redução de 11% nos CVLIs no Estado. Esse é o melhor resultado desde fevereiro de 2012. A queda é quase o dobro da meta estabelecida pelo Programa Em Defesa da Vida, que é de 6%, e mais que o dobro da meta nacional de 5%. Em números absolutos, o Estado reduziu de 282 casos, em 2015, para 251, este ano. Foram salvas 31 vidas no período. Em Fortaleza, no mês passado, a diminuição foi ainda mais expressiva – 49,6%, passando de 123 vítimas para 62. Na Capital, esse é o melhor resultado desde novembro de 2008.

O governador destacou os números e reforçou a importância de uma política preventiva da violência. “Sempre digo que com segurança a gente não tem tempo para comemorar nem para reclamar. Temos que quebrar esse discurso de desqualificar o trabalho que tem sido feito pela polícia. Conseguimos reduzir os índices de CVLIs e estamos trabalhando para diminuir também os números de roubos e assaltos, colocamos polícia em 70 pontos da Capital onde ocorrem mais assaltos e já registramos queda. Os bons resultados em Fortaleza são resultado do aumento do efetivo. A experiência da Uniseg no Vicente Pinzon é impressionante, não tivemos homicídio lá em junho. Essa experiência mostra a necessidade da ação conjunta, com infraestrutura, escolas em tempo integral, recuperação de espaços públicos, pois a polícia sozinha não vai resolver”, disse.

Em Fortaleza, a diminuição do número de ocorrências de Crimes Violentos Letais Intencionais em raio de 100m do policiamento nos cruzamentos no período de janeiro a 16 de junho foi de 59% em relação ao mesmo período de 2015. Na área de atuação da primeira Unidade Integrada de Segurança (Uniseg) do Estado do Ceará, foi registrada, no primeiro semestre de 2016, uma queda de 37 para 9 CVLIs. No bairro Vicente Pinzon, a redução foi de 20 para 7; no Cais do Porto caiu de 8 para 2; enquanto no Mucuripe a redução foi de 9 para 0.
Na Região Metropolitana de Fortaleza, houve alta de 4,0%, passando de 50 para 52 casos. O aumento no Interior Sul foi de 16,1%, indo de 62 para 72 CVLIs. O Interior Norte também teve alta no número de vítimas – passando de 47 para 65 vítimas (38,3%). Camilo Santana reforçou a atenção na segurança também para o interior do Ceará. “Há uma avaliação de que, como o trabalho na Capital tem sido muito ostensivo, está ocorrendo uma migração da criminalidade para o Interior desde 2015. Por isso, estamos tentando acelerar a implementação de investimentos. Dia 16 de julho vamos implementar o Raio em Russas, e dia 23, em Quixadá. Vamos chamar as primeiras turmas dos graduados no concurso da Polícia Civil, vamos implementar as delegacias 24h em Quixadá já em agosto, além de Crateús, Iguatu, Itapipoca, Tauá, Canindé, entre outros. É um desafio que temos. Vamos continuar trabalhando pois, mesmo em um momento de muita dificuldade, temos conseguido investir nesse setor”, disse.
O secretário da Segurança, Delci Teixeira, também citou a necessidade da união entre todos os órgãos para seguir com a melhoria dos índices. “Vamos dar um incremento para dar resposta o mais rápido possível. Um dos nossos pontos fortes é essa união de forças, da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Perícia Forense. Se não mantivermos essa parceria, não vamos conseguir. Conseguimos um resultado excepcional, que não tínhamos desde 2012, e isso é consequência do trabalho forte de todos”, disse.

Acumulado do ano

Os seis primeiros meses de 2016 apresentaram redução de 13,4% nos casos de mortes violentas, caindo de 2.017, em 2015, para 1.746 vítimas no Ceará. No período, 271 vidas foram salvas. Já a Capital teve baixa de 39,6%, passando de 836 casos no ano passado para 505 este ano. Já Interior Sul registrou acréscimo de 1,7%, indo de 460 para 468 vítimas. O Interior Norte teve alta de 2,4%, indo de 328 para 336 vítimas. A Região Metropolitana também teve aumento (11,2%), com números absolutos de 393 e 437 ocorrências de janeiro a junho de 2015 e 2016, respectivamente.

(Site da SSPDS)

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