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Ceará inicia ações do Projeto Dom Helder Câmara.

Extensionistas da Empresa de Assistência e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) participam de curso de formação para atuar no projeto D. Helder Câmara, que está sendo realizado no Estado, numa parceria entre a Ematerce e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

O curso acontece de 19 a 23 de março, no Centro de Ensino em Treinamento e Extensão Rural (Cetrex), na cidade de Caucaia/CE, e reúne 86 técnicos que atuam nos 80 municípios do Semiárido cearense que integram o projeto.

O gerente de Gestão de Ater e Formação da Anater, Vilmar Matter, explica que o objetivo do curso é preparar os técnicos para executar os projetos da Anater, que possuem um viés no desenvolvimento comunitário, visando gerar conhecimento dentro da própria comunidade. “Para isso, vamos trabalhar com unidades de referência, fazendo a integração entre a pesquisa e o ensino, para que possamos utilizar o conhecimento e as tecnologias já desenvolvidas nesse trabalho junto com os agricultores, de acordo com sua necessidade e especificidade”.

No Ceará, as ações do D. Helder Câmara vão beneficiar 5.344 agricultores de base familiar, assentados, quilombolas e indígenas, visando assegurar oportunidades de integração econômica e social, apoio à capacitação tecnológica e gerencial em bases sustentáveis, incentivo e fomento para a instalação de unidades produtivas, contribuindo, assim, para o resgate da cidadania e melhoria das condições de vida dos beneficiários.

Realizado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) e seus parceiros, em sua essência, o D. Helder Câmara é um programa de ações referenciais de combate à pobreza e apoio ao desenvolvimento rural sustentável no Semiárido, embasado no conceito de convivência e articulado às dimensões sócio-políticas, ambientais, culturais, econômicas e tecnológicas, e por processos participativos de planejamento, gestão e controle social.

A Anater é parceira da Sead na execução do projeto e coordena as ações do eixo Ater. Somente para este eixo, o investimento no estado cearense é de cerca de R$ 19 milhões, recursos do governo federal repassados à Anater através da Sead, com execução das ações até abril de 2020.

O presidente da Anater, Valmisoney Moreira Jardim, destaca que o Ceará participou da primeira etapa do D. Helder Câmara e a expectativa é que o projeto seja revitalizado no estado. “O Ceará possui o maior público beneficiário desta segunda etapa do projeto, exatamente pelo histórico de convivência com a seca, e nossa expectativa é que as ações possam efetivamente contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores e suas organizações econômicas”.

Para o presidente da Ematerce, Antônio Amorim, o processo que será iniciado no projeto D. Helder deve quebrar alguns paradigmas. “Os agricultores ainda têm resistência com o uso das câmaras frias, por exemplo, que vêm facilitando e muito a estocagem e o transporte de alimentos, resultado num maior potencial de comercialização”, explicou Amorim.

Além do Ceará, as ações do projeto D. Helder Câmara estão beneficiando agricultores familiares dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste), Minas Gerais e Espírito Santo (Sudeste). Ao todo, nesta segunda etapa, o projeto contempla cerca de 33 mil agricultores familiares de 667 municípios do Semiárido brasileiro.

(Com MDS)

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