Destaques

Projetos de professores do Ceará são reconhecidos como práticas inovadoras.

Os professores cearenses José Gilson Lopes Franco e Ana Virgínia Domingos de Oliveira tiveram seus trabalhos reconhecidos entre as dez práticas inovadoras no ensino de leitura e escrita, durante o Seminário “Com a palavra, o professor-autor”, realizado pelo programa Escrevendo o Futuro da Fundação Itaú Social. O Programa organiza bianualmente a Olimpíada de Língua Portuguesa, em parceria com o Ministério da Educação e com a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária – Cenpec.

José Gilson Lopes Franco, da Escola Dom Antônio de Almeida Lutosa, de Bom Jardim, desenvolveu o projeto “Literatura de cordel – Um caminho para o ensino da escrita” com os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental.

Gilson dedicou-se ao planejamento e à preparação dos recursos que utilizou em sala de aula, empregando imagens de xilogravuras, objetos da cultura nordestina, cordéis pendurados em varais e mala de livros. O percurso foi trilhado com cartazes com o passo a passo das oficinas, registros fotográficos com os alunos agrupados de formas variadas, diferentes configurações da sala de aula e mural com textos de estudantes. No final, os alunos fundaram um grupo de cordelistas para se apresentarem nas escolas da rede municipal de Fortaleza.

“A sequência didática possibilitou que os estudantes desenvolvessem o gosto pela leitura, apresentando uma clara evolução na sua capacidade leitora, permitindo também avanços significativos nos procedimentos da escrita textual. Além disso, vários estudantes perderam a timidez, melhorando a expressão oral por meio das rodas de conversas e da recitação de cordéis”, explica José em seu relato.

Ana Virgínia Domingos de Oliveira, da Escola Estadual de Educação Profissional Dr. José Alves da Silveira, em Quixeramobim, enfrentou o desafio de promover a autorreflexão nos jovens do 3º ano do Ensino Médio por meio da Crônica. Em seu relato “Escrevendo crônicas: o despertar da partilha sob novos olhares” descreve sua experiência ao trabalhar a possibilidade de partilha de medos, dúvidas e angústias entre os alunos.

Os trabalhos foram selecionados entre os 200 Relatos de Prática inscritos pelos docentes que orientaram os alunos semifinalistas da 5ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. 

Pesquisa

Incentivar a leitura autônoma de diferentes gêneros, autores, temas e épocas é o objetivo fundamental em aulas de literatura para 72,7% dos professores de Língua Portuguesa que participaram de um levantamento feito pelo portal Escrevendo o Futuro, plataforma eletrônica do Programa. Valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais é essencial para 46,61% deles; apreciar os textos literários para 45,4% e diversificar as estratégias de leitura para 41,03%. Os dados foram apurados pela pesquisa Literatura em Movimento, respondida por 670 professores da rede pública de todo o País. 

Segundo o levantamento, o “Conto” foi apontado como o gênero literário predominante na sala de aula por 40,12% dos entrevistados. Em seguida estão crônica (21,42%), poema (19,76%) e romance (18,7%).

Mesmo considerando a valorização artística e cultural um dos elementos fundamentais nas aulas de literatura, 11,61% dos professores afirmam “nunca” proporem aos alunos a leitura de escritores africanos e/ou afro-brasileiros. 19,31% dizem “sempre” indicar tais leituras e 69,08% as propõem “às vezes”.  De acordo com a lei 10.639, de 2003, atualizada pela lei 11.645, de 2008, as escolas públicas e particulares têm a obrigatoriedade de incluir essas temáticas nos currículos de ensino fundamental e médio.

Confira a pesquisa na íntegra

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