O comando da campanha da candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, há 37 dias das eleições, vai mudar o tom da campanha para tentar mostrar que a candidata tem plenas condições de governar o país. Com chances reais de vencer a disputa, Marina deve buscar uma maior coerência do discurso e a articulação política e social de sua candidatura.
Para isso, Marina vai enumerar em discursos públicos suas realizações como senadora (1995-2011) e ministra do Meio Ambiente (2003-2008) e continuará a fazer acenos ao mercado e também a setores que ainda têm certa resistência à sua candidatura, como é o caso do agronegócio.
Com quase 30% das intenções de voto segundo pesquisas feitas após a morte de Eduardo Campos, Marina tem se comprometido com o controle da inflação, a independência do Banco Central e as reformas tributária, política e administrativa, como garantias de governabilidade. A ideia de “nova política” e “alternativa à polarização entre PT e PSDB”, porém, não será abandonada pela candidata. O discurso virou o mantra do PSB e já é tratado como marca materializada.
As similaridades da ex-senadora com o ex-presidente Lula também poderão ser explorados. Para peessebistas, Marina deixou de ser uma candidata de protesto, que representa um grupo restrito e passou a ter chances reais de se tornar presidente.
(Ceará Agora)