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Polícia prende autor da chacina de Palmeira de Cima em São Miguel do Tapuio.

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O atirador Clewilson Vieira de Sousa, acusado de matar cinco pessoas na zona rural do município de São Miguel do Tapuio, foi preso na tarde desta quinta-feira (06/11) e transferido para Teresina no início da noite, onde chegou de helicóptero.

Clewilson chegou sem camisa e era possível perceber que no seu braço direito havia tatuado uma imagem de Osama Bin Laden, terrorista que liderava organização à qual são atribuídos vários atentados contra alvos civis e militares dos Estados Unidos e seus aliados, dentre os quais os ataques de 11 de setembro de 2001.

O acusado chegou e foi direto para o quartel do comando geral da Polícia Militar onde aconteceu uma coletiva para a imprensa. Apenas o atirador veio para Teresina, os outros dois suspeitos que estavam na casa onde ele foi preso, ficaram na cidade de São Miguel do Tapuio.

Clewilson Vieira chegou em Teresina às 18h20 desta quinta-feira (06/11) trazido por Policiais Militares no helicóptero da PM. Ao desembarcar no aeroporto, silencioso e frio, Chiê, como é mais conhecido, falou pouco aos jornalistas e diante das câmeras, riu ao ver tamanho movimentação diante da sua prisão. O acusado pela morte da esposa e mais quatro pessoas em chacina ocorrida a exatamente uma semana em São Miguel do Tapuio, foi levado para o Quartel do Comando Geral, onde concedeu uma entrevista reveladora.

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O homem não nega os crimes que cometeu. Ele conta que descobriu a traição da esposa e queria saber dela a verdade. “Perguntei e pedi que ela me contasse a verdade do que eu já tinha visto, mas ela mentiu, negou na minha cara uma coisa que eu vi”, conta explicando o porque de ter matado a esposa. Da sua residência, saiu atrás de mais quatro pessoas. “Não foi eu quem fiz, fizeram comigo.. fizeram eu fazer. Quero dizer a quem esteja me vendo que não desconfie da intenção de outra pessoa. Quem prejudica também vai acabar sendo prejudicado“, diz, em termos desconexos.

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Sobre o motivo de ter voltado para a cidade, Chiê diz que queria se explicar com a família. “Eu não queria me matar antes de dizer pra minha família o porque de ter feito isso. Mas não tive tempo de falar com eles“, disse negando que tenha planejado tudo, e que decidiu tudo depois de falar com a esposa.

Ao falar sobre a motivação das demais mortes, o acusado disse: “Eles queriam me tirar da cidade, bateram a mão nos peitos… eu vi“. Chiê revelou arrependimento em ter matado uma pessoa. Claudio, que não deveria ter sido sua vítima, e sim o irmão. “Minha mensagem é de pedi para as pessoas não sufocarem as outras. Eu queria abrir o olho do mundo. Mostrar que nunca devem querer mal daquela pessoa“.

Chiê negou ainda que tivesse envolvimento com o tráfico, pelo menos recentemente. “Estou quatro anos parado no tráfico. Eu e minha esposa vivíamos de empréstimos. Só o que eu quero da minha vida agora é morrer“.

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Em Teresina, a polícia esclareceu que Chiê foi encontrado próximo da residência dos pais no bairro Bandeirantes, em uma casa onde estava com mais duas pessoas. Ele os tentou fazer de reféns, mas a polícia acredita que se tratam de comparsas que o ajudavam a manter o esconderijo. Uma grande operação com mais de 50 homens foi montada para cercar a casa e garantir que o atirador fosse preso.

A grande movimentação, inclusive com a chegada repentina do helicóptero da PM chamou a atenção de muitos populares, que saíram na rua e acabaram registrando a prisão do acusado de matar a esposa e mais cinco pessoas no povoado Palmeira de Cima, que fica a 40 km da sede do município.

Ainda ontem a polícia havia recebido a informação de que Chiê tinha sido visto na sede do município, sem levantar suspeitas, a polícia preparou um plano para invadir a casa, mantendo inclusive para a imprensa e populares na cidade a crença de que o acusado ainda estaria na mata. O sigilo da informação ajudou na captura do homem de 35 anos.

A ação da polícia foi aplaudida, enquanto muitos gritavam a palavra “assassino” contra Chiê. Outras pessoas também teriam sido detidas por acobertar o criminoso.

A prisão aconteceu horas antes da missa em homenagem às vítimas que ocorre no final da tarde desta quinta no povoado onde a tragédia aconteceu.

(180 Graus)

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