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Aumento de casos de viroses nessa época é normal, dizem médicos

Virose

Com as chuvas, o fluxo de pessoas nas emergências de hospitais começa a inchar. A culpa é das viroses, que, apesar de estarem presentes durante todo o ano, nesta época, encontram um ambiente propício a circular mais ainda.

O aumento comum dos atendimentos com quadros infecciosos por vírus no período, contabiliza o infectologista Roberto da Justa, é de 20% a 25% nos hospitais. “Esse aumento é esperado e não caracteriza surto ou epidemia”. No Hospital São José, de onde é diretor, o número de pacientes com viroses passa de aproximadamente 150 para 200 por dia.

As viroses, pontua o médico, geralmente são infecções que têm manifestações respiratórias e intestinais. “São quadros benignos, que não são graves nem requerem internamento, pois têm resolução espontânea dentro de cinco ou sete dias”. Vômito, diarreia, dor abdominal, febre e dor de cabeça estão entre os sintomas.

Apesar de estar relacionada ao período chuvoso, de acordo com Roberto, a doença não é causada diretamente pela precipitação. “A chuva faz com que as pessoas se aglomerem mais em ambientes fechados. Isso favorece a circulação e a transmissão desses vírus que já estão presentes nos dias normais”.

Diagnóstico

A generalização como “virose”, explica Sônia Cavalcante, pediatra do Centro de Assistência à Criança Doutora Lúcia de Fátima (Croa), ocorre porque, especialmente no período inicial, doenças semelhantes podem ter os mesmos sintomas, e não é possível diagnosticar com exatidão qual o agente causador.

“Como a maioria dessas viroses é autolimitada, é feito o mesmo tratamento para todas”, explica Sônia Cavalcante. Repouso, ingestão de líquidos e uso de medicação sintomática é o suficiente. “A recuperação costuma ser satisfatória”, afirma o infectologista Roberto da Justa. Em 99% das vezes, os quadros são benignos.

É bastante importante, comenta Roberto, que a população tenha cautela para evitar a superlotação de hospitais devido a doenças que podem ser simples. Isso, entretanto, não descarta a necessidade de se manter atento para o caso de ser uma doença mais grave ou de acontecerem complicações.

Cuidados

No início, os sintomas também podem ser confundidos com os da dengue e do sarampo, por exemplo. A intensidade e a frequência deles, alertam os médicos, devem ser acompanhadas para que não seja feito um diagnóstico tardio. “Não é por ser uma virose que não precisa de cuidados, porque ela pode evoluir e levar a outras doenças”, diz Roberto da Justa. Crianças e idosos exigem atenção diferenciada.

Para prevenir as viroses, o mais eficiente é adotar cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos frequentemente, evitar ingerir líquidos e alimentos de origem duvidosa, consumir água potável e evitar contato com águas empoçadas.

(O POVO Online)

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