Policial

Projeto pode ajudar agricultor do semiárido nordestino a se preparar para seca.

A Comissão Externa que trata da seca no semiárido do nordeste discutiu com representantes do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais) e da Defesa Civil o que está sendo feito por esses órgãos para que o problema seja amenizado.

A seca é um problema climático que atrapalha de forma severa o desenvolvimento da agricultura. Em regiões mais pobres como a do semiárido nordestino, a agricultura familiar é um dos poucos meios das pessoas conseguirem alimentos.

Pensando nisso, o CEMADEN está desenvolvendo um modelo que irá ajudar esses pequenos agricultores a se prepararem melhor para os períodos em que a seca mais ataca. Trata-se do Sistema de Previsão de Risco de Colapso de Safras.

Esse modelo envolve toda a questão hídrica do semiárido nordestino e as maneiras de cultivo utilizadas pelos agricultores que, em seguida, se tornam variáveis que fazem a previsão de como a seca irá afetar os resultados finais da agricultura familiar.

O chefe da divisão de operações e modelagem do CEMADEN, Carlos De Angelis, diz que o sistema já está em testes em algumas regiões do nordeste e em breve estará disponível em todas as regiões afetadas pela seca.

Segundo De Angelis, a previsibilidade do comportamento climático do nordeste ajudará na eficiência do sistema.

“O clima do nordeste, felizmente, do ponto de vista meteorológico é fácil de ser previsto, ao contrário do que o ocorre no sul e sudeste do País, que é totalmente caótico. Então, o comportamento climático do nordeste é previsível. Com esse sistema de previsão de safra e com a facilidade de se prever o clima da região, o índice de risco de colapso de safras também é extremamente confiável”.

Outro ponto discutido na comissão foi quanto à atuação da Defesa Civil, que só pode agir em torno de um fato, caso ele já tenha acontecido. Ou seja, a Defesa Civil não pode prevenir que algo ocorra, apenas remediar. O deputado Cacá Leão, do PP da Bahia, desaprova essa situação.

“É inadmissível que todos vejam que um desastre esteja próximo de acontecer e a Defesa Civil só possa agir depois que o mesmo aconteça. Eu acho que a Defesa Civil precisa estar estruturada e essa é uma das principais missões que essa comissão tem. Nós temos de levar esse projeto de mudança para que as defesas civis em todas as suas esferas possam agir em estado de emergência para também prevenir as catástrofes”.

O superintendente de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia, Rodrigo Hita, também entende que o órgão deveria agir na prevenção. Ele defende a criação de um centro de pesquisa que crie melhores maneiras de combater a seca.

(Agência Câmara)

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