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Ceará é quinto estado em casos de suicídio no Brasil.

O Ceará é o quinto estado brasileiro e o primeiro do Nordeste em casos de suicídio. O dado foi apresentado pela representante do Programa de Apoio à Vida da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ana Patrícia de Aragão, durante audiência pública promovida na tarde desta quinta-feira (28/09), pela Comissão de Seguridade Social e Saúde da AL. O debate foi em alusão à campanha Setembro Amarelo e teve como objetivo discutir a problemática do suicídio e ressaltar a importância de se debater o tema.

De acordo com o deputado Renato Roseno (Psol), que solicitou a audiência, o suicídio segue como a segunda principal causa de morte entre jovens no mundo. Há diversos fatores que podem incidir sobre os motivos que levam ao suicídio, mas o mais importante, segundo o parlamentar, é que o ato pode ser prevenido.

Renato Roseno considerou que algumas categorias ou grupos são mais vulneráveis que outros e citou como exemplo os agentes de segurança pública, como policiais civis e militares. Conforme observou, a taxa de suicídio entre esses agentes é quatro vezes maior que a do resto da população.

Ele informou ter apresentado emendas orçamentárias, já aprovadas pela Casa, que visam ao fortalecimento da assistência psicossocial aos profissionais de segurança pública.

A coordenadora do Centro de Valorização da Vida (CVV), Rejane Felipe, destacou a importância de conversar sobre o tema. “É preciso falar abertamente, para que isso deixe de ser um tabu”, defendeu, lembrando que os motivos que levam ao suicídio ainda giram em torno de muita “culpa e vergonha”.

Ela informou que 90% dos casos de suicídios contabilizados em relatório atualizado da Organização Mundial de Saúde (OMS) poderiam ser evitados. “O Setembro Amarelo está aqui para isso: divulgar o assunto e tentar reduzir essa estatística, que é muito desfavorável para nosso País”, comentou.

A psicóloga e representante do Sindicato dos Psicólogos, Ana Rachel Sales, ressaltou não só a importância de falar sobre o tema, mas também o acolhimento dos sofrimentos psíquicos dos suicidas. Segundo ela, são esses sofrimentos que estão por trás da história das pessoas e são eles que as levam ao suicídio. “As pessoas não querem morrer, querem acabar com o sofrimento”, explicou.

Participaram ainda da discussão representantes das secretarias do Trabalho e Desenvolvimento Social, da Segurança Pública e Defesa Social e da Educação do Estado; da Perícia Forense do Estado; da Associação dos Profissionais de Segurança Pública e do Instituto Bia Dote.

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