A prevenção, que inclui idas regulares ao médico e a realização periódica de exames, é a maior aliada nos cuidados com a saúde. O início de fevereiro é marcado por duas datas que reforçam a importância da prevenção para se ter um diagnóstico precoce, o Dia Mundial do Câncer, no domingo (4), e o Dia Nacional da Mamografia, nesta segunda-feira (5). O tumor na mama é o mais comum entre as mulheres, e se detectado precocemente tem alta chance de cura. Por isso, o trabalho feito no Instituto de Prevenção do Câncer (IPC), do Governo do Ceará, ressalta a relevância da realização de mamografias. Na sexta-feira, 2 de fevereiro, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou que haja 2.200 novos casos de câncer de mama no Ceará em 2018, com um risco de 47 casos a cada 100 mil mulheres.
Entre os motivos que levam as mulheres a adiar ou até mesmo a não fazer mamografia está o medo do exame e da possibilidade de um possível diagnóstico positivo para câncer de mama. “A mamografia é o único procedimento que detecta sinais precoces de alguma possível alteração na mama. É o principal exame para um possível diagnóstico. As chances de cura de uma mulher que faz esse exame sistematicamente aumenta em quase 90%”, tranquiliza o médico mastologista Olívio Costa. Quanto mais tardia a investigação, maiores as chances de complicações. “O diagnóstico precoce faz muita diferença no tratamento do câncer de mama”, complementa o mastologista.
O IPC tem um novo mamógrafo em funcionamento desde novembro de 2017. Totalmente digital, o equipamento qualifica e acelera o diagnóstico, com melhor qualidade das imagens e meios menos invasivos. “O novo aparelho possibilita que o radiologista tenha acesso a imagens no computador, que por sua vez oferece mais qualidade e evita que a paciente seja exposta à radiação”, explica Tânia Veras, diretora do IPC. Com o novo mamógrafo, as pacientes só são radiografadas quando o radiologista vê que a mama está bem posicionada. No ano passado, 3.385 mamografias foram realizadas no Instituto.
Recomendação de exame anual.
Além do câncer de mama, a mamografia também auxilia no diagnóstico de cistos (alterações inofensivas do tecido mamário), nódulos (formações sólidas que costumam ser benignas) e calcificações (depósitos de cálcio que, em geral, não indicam perigo). O Ministério da Saúde recomenda que toda mulher entre 50 e 69 anos faça o exame uma vez por ano.
Outro mito sobre a mamografia é que o exame causa dor. “A mamografia causa um certo desconforto, mas não dor. E para diminuir este desconforto aconselhamos que a paciente faça o exame depois do período menstrual. Caso a mulher sinta muito desconforto, pode fazer uso de anti-inflamatório, como dipirona, paracetamol ou ibuprofeno, um dia antes ou 30 minutos antes do exame”, sugere Olívio. O exame dura em média 15 minutos e o desconforto é mínimo diante dos benefícios da realização do exame.
O câncer de mama é classificado em diversos tipos e possui características e níveis diferentes de gravidade. Por isso é imprescindível o acompanhamento médico. A ordem do tratamento depende das condições em que o tumor foi diagnosticado. O diagnóstico completo é feito com análises clínicas e biópsia para descobrir se o tumor é benigno ou maligno. Sendo positivo, o médico indicará a melhor opção de tratamento. “O método indicado varia de acordo com cada caso. Tudo depende das características do tumor. É muito importante salientar que as pacientes têm atendimento com profissionais de diversas áreas. Isso auxilia muito nas taxas de cura”, enfatiza Olívio.
(Com SESA)