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Galinha Caipira: assentamentos rurais são atendidos com 330 projetos produtivos

O Governo do Ceará, através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), implantou 227 projetos produtivos de galinha caipira entre os anos de 2017 e 2018. A iniciativa, executada em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), já atende a 227 famílias de assentamentos rurais em 20 municípios cearenses e a meta é alcançar a marca de 330 projetos produtivos em 2019.

O objetivo da ação da Coordenadoria de Apoio às Cadeias Produtivas da Pecuária (Coape/SDA) é incentivar a produção e o consumo dos ovos e da própria galinha caipira por meio de um sistema de produção eficiente, tornando a atividade mais competitiva no mercado. Além disso, a iniciativa fortalece os produtores através da organização em associações e cooperativas e gera renda extra para as famílias de agricultores familiares.

Já foram atendidos os seguintes: Aracoiaba (6 famílias), Aratuba (3), Beberibe (22) Canindé (13), Cascavel (56), Chorozinho (12), Crateús (35), Guaiúba (3), Horizonte (7), Icó (15), Independência (12), Itarema (13), Madalena (7), Monsenhor Tabosa (5), Ocara (9) Quixeramobim (28), Santa Quitéria (23), Redenção (3) e Tamboril (18).

Enquanto a expectativa é que 103 produtores dos municípios de Antonina do Norte (5), Beberibe (1), Canindé (7), Cascavel (55), Crateús (20), Madalena (7), Monsenhor Tabosa (5) e Ocara (3) concluam a execução no próximo ano.

Do pequeno ao grande

Além da distribuição de 39.600 pintos, ou 120 pintos por produtor, os beneficiários do Projeto Galinha Caipira nos Assentamentos Rurais recebem da SDA a construção de um galinheiro e um quintal cercado.

O primeiro é uma área telada que inicia com uma parede de cimento com aproximadamente 50 cm de altura e um telhado de até 3,5 m de altura. Ao lado do galinheiro é construído um quintal, com aproximadamente 320 m2, também telado, destinado ao pastejo dos animais com um sistema de irrigação por gotejamento.

O galpão tem aproximadamente 18 m2 de área coberta, com mureta de proteção de com 60 cm de altura, o restante é telado até o telhado para proteção dos animais contra Sol, chuva e predadores naturais. As aves tem acesso a um quintal de aproximadamente 320 m2, onde têm acesso à área verde, conforme exigido através de instruções normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Dentro do galinheiro são montados comedouros e bebedouros, uma ninheira para postura e um círculo de proteção que é retirado em torno do 15º dia das aves. As 22 sacas de ração fornecidas pelo projeto, com preço médio de R$ 50, são balanceadas conforme o nível de proteína e energia necessários para cada fase de desenvolvimento das aves: inicial, crescimento e terminação.

A escolha pela entrega dos animais na fase infantil leva em consideração a sanidade animal, a disponibilidade de pintos no mercado e a logística de entrega. “Até o 15o dia, precisa estar atento à montagem da campânula e buscar a temperatura ideal dentro da estrutura, entre 35 o e 37 o C. A partir daí, o produtor também precisa utilizar uma camada, entre 2 e 3 cm, de raspa de madeira, palha de arroz ou similar, para o animal não gerar calos nos pés e no peito, manter a temperatura e umidade adequadas e reduzir a presença de amônia no galpão”, esclarece o técnico da Coape, Paulo Arruda.

Afora os cuidados, o produtor beneficiário estar atento ao manejo do bebedouro e do comedouro, mantendo a limpeza e a altura ideal para o animal. “As aves ficam confinados na área do galinheiro por volta dos 30 dias de vida, quando passam a sair para área de pasteio”, acrescenta o técnico. Por fim, vale ressaltar que os animais já chegam com a primeira dose das vacinas obrigatórias do incubatório e necessitam receber o reforço custeado pelo produtor.

Caipira ou Granja?

Diferentemente do “seu primo”, a galinha caipira é criada de maneira mais saudável, com mais espaço para pastar e uma alimentação mais rica, incluindo aí frutas, insetos e minhocas. Muitos consumidores reconhecem que a carne e os ovos desses animais são mais saborosos e é unânime a afirmação de que o consumo da galinha caipira é mais saudável.

Enquanto o tipo caipira é abatido entre o 100º dia de vida, o frango de granja é criado num ambiente com temperatura e umidade controlada e é abatido entre o 25º e o 42º dia de vida. Outras diferenças são que a carne da primeira é mais rica em proteína e tem coloração mais escura, embora o animal de granja tenha a carne mais macia.

Por fim, os ovos da galinha de granja são amarelados e finos, enquanto os ovos caipiras possuem a gema mais amarela, quase avermelhada e casca mais dura.

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