Com a previsão do plantio de 250 mudas de árvores, o IFCE pretende expandir a área verde do campus de Crateús, revitalizando o meio ambiente e reduzindo a temperatura do terreno. O município é localizado no coração do semiárido cearense e tem elevada incidência de sol ao longo de todo o ano.
O professor Aelton B. Giroldo, coordenador do curso técnico em Agropecuária, esclarece que estão sendo plantadas árvores nativas, que possuem um crescimento mais lento, e Azadirachta indica, conhecida como nim, que se desenvolve mais rapidamente e em pouco tempo já gera sombreamento. A ideia, segundo o professor, é remover o nim no futuro, quando as árvores nativas já estiverem desenvolvidas.
Entre as árvores nativas que serão plantadas, estão caju, aroeira, ipê-roxo, anjico, oiticica, tamboril e jacarandá. Também serão produzidas mudas de imburana, jatobá e pau-ferro. As plantas naturalizadas, além do nim, incluem mata-fome, ipê-de-jardim, flamboyant-de-jardim ou flamboianzinho, tento-carolina ou falso-pau-brasil e mudas cultivadas como o flamboyant, tamarindo, acerola, ata, hibiscus e moringa.
SOMBREAMENTO
A proposta da iniciativa é, além de revitalizar a vegetação do campus, criar áreas de sombra a fim de reduzir o desconforto causado pelo calor. Oiticicas e flamboyant, que são árvores altas, foram plantadas no pátio em frente à cantina, que é exposta ao sol e alcança temperaturas elevadas no período da tarde. Os outros pontos de plantio visam sombrear as calçadas que ligam os prédios dos blocos.
“Se observarem acima do biotério de aves, notarão a presença de uma área com irrigação por gotejamento. Ali foram plantadas por semeadura direta plantas nativas, cultivadas e naturalizadas a fim de se criar um sistema agroflorestal”, relata o professor Aelton B. Giroldo. O coordenador explica que a intenção é que no futuro haja, naquele local, frutas, forragem e madeira.
FORÇA-TAREFA
Estão mobilizados no plantio das mudas e sementes professores, técnicos, servidores terceirizados e alunos. “Como sabemos, o solo na área do campus é raso e muito compacto. Desta forma, se for realizado o plantio em covas rasas as plantas demoram muito a se desenvolver”, explica o professor Aelton. A solução que vem sendo praticada, segundo ele, é a criação de covas de 60 cm3 e a substituição de metade do material do solo por composto produzido pelos alunos, técnicos e estagiários no próprio Instituto.
O grupo de estudos Mata Branca Produtiva, coordenado pelo professor Aelton, está envolvido da produção e plantio de parte das mudas, enquanto outra parte é obtida por meio de doação de alunos e da Secretaria de Meio Ambiente de Crateús. Já as sementes foram doadas pela Associação Caatinga e coletadas pela equipe do grupo de estudos.
ÁRVORES QUE SERÃO CULTIVADAS
Nome popular | Nome científico |
Acerola | Malpighia punicifolia L. – Malpighiaceae |
Anjico | Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan – Fabaceae |
Aroeira | Myracrodruon urundeuva Allemão – Anacardiaceae |
Ata | Myracrodruon urundeuva Allemão – Anacardiaceae |
Caju | Anacardium occidentale L. – Anacardiaceae |
Flanboyant | Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. – Fabaceae |
Flamboyant-de-jardim ou Flamboianzinho | Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. – Fabaceae |
Hibiscus | Hibiscus sp. – Malvaceae |
Imburana | Amburana cearensis (Allemão A.C.Sm. – Fabaceae |
Ipê-de-jardim | Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth – Bignoniaceae |
Ipê-roxo | Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos – Bignoniaceae |
Jacarandá | Jacaranda brasiliana(Lam.) Pers. – Bignoniaceae |
Jatobá | Hymenaea sp. – Fabaceae |
Mata-fome | Pithecellobium dulce (Roxb.) Benth. – Fabaceae |
Moringa | Moringa oleifera Lam. – Moringaceae |
Nim | Azadirachta indica A.Juss. – Meliaceae |
Pau-ferro | Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz – Fabaceae |
Oiticica | Microdesmia rigida (Benth.) Sothers & Prance – Chrysobalanaceae |
Tamarindo | Tamarindus indica L. – Fabaceae |
Tamboril | Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong – Fabaceae |
Tento-carolina ou Falso-pau-brasil | Adenanthera pavonina L. – Fabaceae |