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Cearenses são encontrados vivendo em condições precárias no Rio de Janeiro

Equipes da Superintendência Regional do Trabalho (SRT) do Ministério da Economia encontraram 10 trabalhadores em condições degradantes em cinco estabelecimentos no Centro do Rio na última semana. Todos já tiveram o contrato rescindido e nove deles voltaram para o Ceará, de onde saíram para trabalhar no Rio.

Um imóvel na rua Frei Caneca, no Centro, era utilizado como dormitório improvisado dos trabalhadores, que, segundo a superintendência, vieram de municípios como Ararendá, Martinópole e Bela Cruz. O resgate foi feito na segunda-feira (1). No dia seguinte, foram tomados depoimentos dos trabalhadores.

Nesta quinta-feira (4), foram pagos R$ 29 mil para os trabalhadores, e nove deles voltaram para seus municípios. O dono do estabelecimento deve firmar um novo TAC para melhorar as condições para futuros funcionários.

Os trabalhadores se revezavam em cinco estabelecimentos (três restaurantes, um café e uma pastelaria) que pertencem a três irmãos. Um deles, que os contratou, já havia, segundo a SRT, firmado em 2009 um Termo de Ajustamento de Conduta para melhorar o local de dormitório dos funcionários de seu estabelecimento.

Entre os problemas encontrados na ação da Superintendência, estão:

  • muitas infiltrações, com goteiras em toda parte, inclusive sobre as camas e redes nas quais os trabalhadores dormiam;
  • sujeira, com alegação dos trabalhadores que dividiam espaço com ratos e baratas;
  • forte calor, uma vez que não havia ventilação natural;
  • Luminosidade precária, com espaços sem luz elétrica;
  • fiação elétrica desprotegida:
  • ausência de extintores de incêndio;
  • divisórias improvisadas por material de madeirite, papelão, plásticos. Teto também com espaços revestidos por esses tipos de materiais;
  • chuveiros sem água quente e devassados;
  • dois vasos sanitários com as respectivas descargas sem funcionamento, sendo necessário a utilização de baldes com água para eliminação de dejetos;
  • roupas lavadas no banheiro do alojamento e secadas em varais estendidos nos espaços nos quais os trabalhadores dormiam, com forte cheiro de mofo;
  • ausência de cadeiras, sofás, mesas ou similar que permitisse que os trabalhadores descansassem em algum outro lugar que não fosse em cima das próprias camas ou redes;
  • inexistência de geladeira, o que obrigava a captação da água de restaurante, localizado no térreo do alojamento, com acesso externo, e a manutenção da água em temperatura ambiente (forte calor);
  • ausência de armários, com as roupas de uso dos trabalhadores “guardadas” em baldes grandes de manteiga ou reunidas em sacos de lixo.
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