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Tamboril: “A aula será na rua nesta quarta-feira”, diz presidente do sindicato dos servidores

Assim como acontecerá em todo o Brasil, os trabalhadores da educação em Tamboril, vão cruzar os braços na próxima quarta-feira (15) contra a reforma da Previdência e o corte de verbas para educação, anunciado na semana passada pelo ministro da educação Abraham Weintraub.

Em entrevista nesta segunda-feira (13), a presidente do Sindicato dos Servidores, professora Iracema Oliveira, fez um chamamento geral aos professores do município. Ela disse ser necessário uma união cada vez mais forte da categoria pela não retirada dos direitos já garantidos. “Em anos anteriores nós parávamos para ter o reajuste, hoje estamos parando para garantir o Piso Nacional. Se esses cortes chegarem na educação básica, corremos o risco de ficarmos sem salário” disse Iracema.

A programação do ato em Tamboril terá início por volta das 7h30min na sede do Sindicato com uma aula pública. “não adianta é a gente em um momento como este desistir” reforçou a sindicalista. ” A aula será na rua, precisamos lutar contra a reforma da previdência, contra esses cortes na educação, e isso tem que ser agora” ressaltou.

Já para o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, um ato unificado acontecerá em Fortaleza e na Região Metropolitana, reunindo todos os sindicatos que representam a categoria, federações, centrais sindicais, frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, entidades estudantis e movimentos sociais. “Vamos às ruas na próxima quarta-feira para mais uma vez repudiar as balbúrdias do governo Bolsonaro contra os trabalhadores. Não aceitaremos cortes na educação, muito menos o fim da aposentadoria. Resistiremos”.

De acordo com o dirigente, a marcha dos educadores sairá da Praça da Bandeira, às 8h, e seguirá pelas ruas do Centro e do Benfica em direção aos prédios do Instituto Federal de Educação (IFCE) e da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde haverá ato político e encerramento. IFCE e UFC são algumas das universidades federais cearenses que tiveram parte da verba orçamentária bloqueada pelo Governo Federal.

Greve reforçada

O anúncio do corte de verbas aumentou o apoio à greve nacional da categoria, convocada no início de abril pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) para defender a aposentadoria e o ensino público e funcionar como um esquenta para a greve geral da classe trabalhadora no dia 14 de junho.

“A adesão à greve nacional da educação, que já era considerável em todo o país, cresceu ainda mais depois que o governo anunciou o corte de investimentos na área e está atraindo o apoio de pais, mães e alunos preocupados com os rumos do ensino público no Brasil”, disse o presidente da CNTE, Heleno Araújo.

Segundo ele, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, da reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL) tem como objetivo destruir a aposentadoria do povo brasileiro, em especial a das trabalhadoras e a dos trabalhadores da educação. A PEC acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e institui a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos e altera as regras especiais de trabalhadores e trabalhadoras rurais e professores. As professoras serão ainda mais prejudicadas se a reforma for aprovada.

Congelamento compromete universidades e ensino básico

Segundo dados levantados pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, o congelamento de recursos do Ministério da Educação e Cultura (MEC) compromete R$ 2,1 bilhões nas universidades e R$ 860,4 milhões dos Institutos Federais.

Mesmo a educação básica, apontada como prioridade por Bolsonaro durante a campanha eleitoral, sofreu um corte de R$ 914 milhões.

“Estes cortes estão prejudicando a merenda e o transporte escolar das nossas crianças da educação básica, além, claro, de prejudicar toda educação pública, cortando recursos de manutenção e de pesquisa”, explicou Heleno Araújo, das CNTE.

(Com Fetamce)

 

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