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Comércio de Tamboril registra queda nas vendas e aumento na inadimplência

As vendas no comércio varejista do município de Tamboril, apresentam queda desde quando ocorreu a explosão da Agência da Caixa Econômica Federal. O tombo nas vendas está presente em todos os setores. A principal causa, segundo comerciantes ouvidos pelo Blog, é a diminuição do capital de giro do banco, na cidade. “As pessoas estão saindo daqui pra sacar dinheiro fora, porque a agência daqui está funcionando, mas sem dinheiro, e nisso, as pessoas estão comprando lá na cidade onde estão indo” disse um comerciante e empresário do setor de construção civil. 

O segmento de supermercados que responde por quase 50% do total do varejo, também sente os efeitos da queda na economia. Segundo alguns comerciantes do ramo, as pessoas diminuíram a quantidade de produtos na cesta básica. Esse efeito cascata se dá pela evasão de divisas, situação já alertada pelo Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do município, José Wilson Vasconcelos, em recente entrevista a Feiticeiro Fm.

Em quase todos os estabelecimentos, a inadimplência aumentou e os empresários foram obrigados a fazerem ajustes nos gastos. Muitos deles foram obrigados a demitir funcionários. A lógica é simples, se há diminuição nas vendas, tem que se diminuir o número de gastos para poder adequar a receita existente. 

A única lotérica na cidade, não consegue atender a demanda de pagamentos. Pessoas chegam cedo e forma fila na tentativa de sacar alguma coisa. Mas é preciso aguardar os pagamentos de contas e boletos de uma segunda fila, para que possa ir sendo feito os saques e pagamentos de benefícios sociais, pro exemplo. Enquanto aguardam dinheiro para sacar, algumas pessoas passam em média três horas numa fila, uma rotina que se repete diariamente.

Para quem é servidor ou aposentado, a maratona mensal é uma só, seguir para a cidade de Crateús para poder receber o seu dinheiro. E é justamente nessa hora que acontece o que vem prejudicando o comércio local: “as pessoas acabam fazendo compras por lá e enfraquecendo o comércio daqui” diz a proprietária de uma ótica que acumulou nos últimos meses uma queda significativa nas vendas. Uma outra situação identificada é que sem uma agência, os comerciantes não conseguem depositar cheques, pagar boleto acima do valor permitido e também são obrigados a se deslocarem para Crateús. E nessa de se deslocar para outra cidade, se gasta combustível e tempo.

A explosão do banco aconteceu no dia 02 de março, há quase quatro meses, e até agora não se tem informação de quando a agência voltará a funcionar de forma definitiva na cidade. A situação é questionada não somente pelos comerciantes, mas também pela população em geral. Enquanto isso, as vendas no comércio local seguem em queda.

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