Eis artigo do presidente municipal do PCdoB, Dr. João Luís, remetido a nossa redação, tratando sobre desigualdade e economia em Tamboril.
Para medir a desigualdade social e econômica, de acordo com técnicos e especialistas, se usa o coeficiente ou índice Gini. O mesmo é utilizado pelos institutos de pesquisas e estatísticas econômica do país para medir a desigualdade social e concentração de renda e ele varia de 0 a 1, onde 0 (zero) significa ausência de desigualdade social, ou seja, é como se todos os habitantes de Tamboril recebessem o mesmo salário e 1(um) significa a presença máxima da desigualdade social, seria como, por exemplo, se apenas um indivíduo do município fosse o possuidor de toda riqueza produzida.
De acordo com o ATLAS, IPEA (2018), que estabelece uma comparação entre os anos 1991, 2000 e 2010, eles dizem que nesse período o índice variou de 0,48, 0,58 a 0,52 respectivamente. Isso significa que em 1991 havia menos desigualdade social que em 2010. Portanto, a diferença entre ricos e pobres aumentou nesse período.
Outra situação que preocupa é a relação entre empregados formais e o número de estabelecimentos. Segundo o MTPS, RAIS (2017), o número de estabelecimentos em 2011 era de 37, passando para 70 em 2017 e os trabalhadores com empregos formais passaram de 1.310 para 1.437, por conseguinte, o número de estabelecimentos dobrou enquanto os empregos formais tiveram um pequeno aumento (127 em 6 anos).
Esse dado nos mostra que a empregabilidade encolheu no período, ou em outras palavras, como mostraremos em outro artigo, os trabalhadores em Tamboril foram empurrados para a informalidade.
A medida provisória proposta pelo governo Bolsonaro, da liberdade econômica, tende a acentuar, agravar e aumentar a desigualdade social, posto que os altos juros impostos pelos bancos dificultarão a aquisição de créditos ou condenarão, desde o início, ao fracasso dos pequenos empreendedores, fazendo, assim, engrossar a massa de desempregados.
