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Locação de poços possibilita distribuição de água para 68 mil pessoas no Ceará

Como parte das soluções de convivência com a escassez hídrica, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) tem apostado também na locação de poços subterrâneos. Somente em 2019, geólogos da companhia locaram quase 300 pontos com potencial de manancial subterrâneo em 34 cidades do Ceará. O percentual de acerto nestas locações é de cerca de 82% – ou seja, a maior parte dos poços perfurados possuem água disponível para ser utilizada.

De todas essas locações, 68 mil pessoas foram beneficiadas com poços, em sua grande maioria, perfurados pela Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e instalados pela Cagece. A solução é uma das alternativas adotadas pelos órgãos de segurança hídrica do Ceará para garantir água à população do semiárido. As áreas, entretanto, precisam ser previamente estudadas e as ações definidas com planejamento.

“Em reuniões semanais, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) apresenta análises de reservatórios superficiais dos municípios mais críticos. A depender da previsão de esvaziamento é que se decide se vai ser locado algum poço pela Cagece ou pela Cogeh para abastecer a cidade”, explica Delano Sampaio, gerente de Meio Ambiente da Cagece.

Um exemplo disso é município de Itapiúna, que se encontra hoje em situação crítica de escassez hídrica, na qual o açude Castro, manancial da cidade, deve ser desativado até o fim desse ano. Para contornar a situação, a Cagece já realizou 45 locações de poços na região, dos quais 13 já foram perfurados e injetados no sistema de abastecimento da cidade. Aproximadamente 18 mil habitantes do município estão sendo auxiliados com o serviço.

Desde 2012, o Ceará enfrenta a maior escassez hídrica da história do estado, com apenas 18% de água armazenada nos reservatórios superficiais. A criação de poços configura um grande avanço da companhia em assegurar o abastecimento no interior do estado. “Estamos em um processo de entendimento e valorização desse recurso. Historicamente, ele era usado em casos de emergência, mas hoje a visão mudou. Em boa parte dos municípios, é ele que garante sobrevivência às pessoas”, afirma Rômulo Amado, coordenador de Recursos Hídricos da Cagece.

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