Segundo dados do INSS, a medida já resultou em uma economia de R$ 336 milhões e, em um ano, chegará a R$ 4,3 bilhões. A meta é bater R$ 10 bilhões por ano. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago a idosos e deficientes da baixa renda foi o campeão de fraudes.
Do total de casos suspeitos de servidores públicos estaduais e municipais que deram declaração de renda falsa para obter o auxílio, 92,5% se confirmaram, o que levou à suspensão de 4.700 benefícios. Uma servidora do Rio, com renda mensal de R$ 15,8 mil recebia o BPC, desde 2012, o que resultou num prejuízo de R$ 86 mil aos cofres públicos.
Segundo o presidente do INSS, Renato Vieira, um universo de 1,84 milhão de beneficiários com processos suspeitos estão sendo notificados. As pessoas chamadas têm 30 dias para comparecer aos postos do INSS, a fim de prestar esclarecimentos e atualizar os dados cadastrais se for o caso. O não comparecimento depois desse prazo leva à suspensão imediata do benefício.
Entre os principais indícios de irregularidades identificados no pente fino estão pagamento de pensões sem o nome da pessoa que morreu. Foram apontados 670 mil segurados nessa situação. Há 2.266 casos de CPF informados ao INSS que não existem na base de dados da Receita Federal e 1.940 registros de um mesmo CPF utilizados por mais de uma pessoa e mais de um tipo de benefício.
(O Globo)