Segurança

Justiça nega pedido de liberdade de PM acusado de tentar matar namorada em Ipu

A Justiça do Ceará negou, nesta terça-feira (28), o pedido de liberdade de Jorgeandro Vieira de Oliveira, policial militar acusado de tentar matar a namorada e atirar contra convidados durante uma festa de formatura na cidade de Ipu, no interior do Ceará. O crime aconteceu em agosto de 2019.

Pelo menos quatro pessoas foram baleadas. Segundo familiares das vítimas, o policial militar discutiu com a namorada, uma das convidadas da festa, e tentou matá-la no local, efetuando cerca de 15 disparos, que atingiram convidados. A festa acontecia na casa de uma formanda e reunia familiares e amigos dela.

Jorgeandro Vieira foi autuado por tentativa de homicídio e, no dia seguinte ao crime, foi decretada a prisão preventiva dele. A defesa do policial militar, requerendo a revogação da prisão, ingressou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Ceará alegando excesso de prazo na formação da culpa.

A 3ª Câmara Criminal, que julgou o pedido, negou, por unanimidade, considerando “o relevante descontrole demonstrado pelo agente policial durante a ação a ele imputada”. Conforme a decisão, não há comprovação documental de que a tese de excesso de prazo na formação da culpa foi debatida em Primeira Instância, de modo que se torna desaconselhável conhecê-la, sob risco de indevida incursão em indesejável supressão de instância.

O crime

Após atingi com tiros a namorada, os pais dela, a irmã da jovem e um convidado da festa, o policial foi imobilizado pelos populares e depois levado pela polícia para a Delegacia de Tianguá, município da região, onde foi autuado por tentativa de homicídio, confirmou a Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPDS).

“A Polícia Militar do Ceará (PMCE) vai instaurar Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta do agente e frisa que todas as providências no âmbito disciplinar estão sendo tomadas”, completa a nota da secretaria. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistemas Penitenciário (CGD) informou que tomou ciência da ocorrência e “está adotando providências no sentido de apurar os fatos na esfera administrativa”.

(G1)

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