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Nordestino de 20 anos é aprovado em nove universidades americanas

Aos 20 anos, o jovem pernambucano Fred Ramon, natural de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, encontrou nos estudos uma forma para mudar de vida e tentar transformar a realidade da comunidade onde vive. O jovem foi aprovado em nove universidades norte-americanas e se prepara para cursar Ciência da Computação e Estudos Globais em Los Angeles, na Califórnia.

De infância humilde, o filho da faxineira Suely Santo, que sempre estudou em colégio público, conta que quer “ser um exemplo para inspirar mais jovens”. Ele concluiu o ensino médio em 2018 e, de lá pra cá, já trabalhou como professor de dança em um cruzeiro e se dividia entre estudar e dar aulas de inglês em plataformas online para ajudar a sua mãe a complementar a renda de casa.

Fred fala que planejou durante muito tempo as formas para passar em alguma universidade no exterior. Além de estudar para os testes, Fred começou a participar de atividades extracurriculares. “Desde os 16 anos, participo de movimentos sociais. As seleções levam esses trabalhos muito em consideração”, comentou. De acordo com o pernambucano, três pontos foram primordiais para a sua aprovação: a redação, os projetos extracurriculares e as cartas de recomendação.

Sua rotina de estudos era muito rigorosa, ele se dividia entre estudar e trabalhar para ajudar sua mãe. “Eu estudava das 8 da manhã até 18 horas todos os dias. Só parava para dar aulas de inglês online para alguns alunos nas plataformas. E depois, no outro dia, eu estudava de novo, depois estudava de novo”, disse o jovem pernambucano.

E o resultado do esforço foi a aprovação em nove universidades americanas: Manhattanville College, Whittier College, ASU, Florida Tech, Temple University, University of Arizona, Stetson University, Adelphi University e University of La Verne. O jovem decidiu que vai estudar na universidade de Los Angeles, pois a instituição forneceu bolsa de 70%. Agora, Fred está fazendo “uma vaquinha” para conseguir o restante.

As informações são do Jornal O POVO, que conversou com o jovem pernambucano que já é inspiração para outras pessoas que desejam estudar fora do País. Ele falou sobre sonhos, a rotina de estudos e o caminho que percorreu até ser aprovado.

O POVO – Você sempre foi aluno de escola pública? 

Fred Ramon – Sim. Sou ex-aluno da rede pública do Recife. Concluí o ensino médio em 2018, na Escola Estadual Professor Fernando Mota, em Boa Viagem, na Zona Sul da cidade.

OP – De onde surgiu a ideia de se inscrever em universidades americanas?

Fred – Desde pequeno que eu sou apaixonado pela cultura estadunidense. Em 2019 eu fui contratado para dar aulas de dança em um cruzeiro e eu saí de Pernambuco e fui para Dubai como instrutor de dança. E aí eu comecei a me interessar pela cultura americana.

OP – Como foi o caminho da escolha até a aprovação?

Fred – Em março de 2020 eu comecei a entender tudo que precisava para estudar [em uma universidade] nos Estados Unidos e comecei a estudar. Em outubro eu fiz as provas e depois, em fevereiro, eu fiz o teste de inglês. Mas tem toda a minha trajetória que eu fiz fora da sala de aula durante meu ensino médio.

OP – Qual o seu objetivo depois dessa aprovação?

Fred – Vendo que a pobreza ainda é um sério problema em comunidades de Pernambuco e do Brasil, meu objetivo é, nos centros acadêmicos, construir um projeto de articulações com órgãos americanos para levar programas de capacitação e financiamento para pequenos e médios negócios locais para famílias de baixa renda.

OP – Você está arrecadando dinheiro para financiar os custos em Los Angeles. Como as pessoas podem ajudar?

Fred – Sim. A Universidade que eu escolhi me deu uma bolsa que cobre 70% dos custos anuais da faculdade. Mas para ir, tenho que arcar com os outros 30% que restam para completar a taxa da faculdade, moradia e a alimentação, que equivale a cerca de 31 mil dólares. Todos os contatos para me ajudar estão no meu

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