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O Dia da Mulher e a mulher no dia a dia

Datas comemorativas são homenagens que remetem a histórias de pessoas ou de grupos que merecem distinção por seus feitos ou que necessitam de visibilidade pelo que representam. O Dia da Mulher é uma dessas datas significativas e fundamentais para a construção de um mundo mais justo e equilibrado.

A celebração pela presença das mulheres no mundo, seja como mães, irmãs, filhas, profissionais, em qualquer dimensão da vida social, é também uma lembrança de que ainda é necessário vencer desafios no combate à violência doméstica, na promoção da igualdade de oportunidades no mercado de trabalho e nos cargos de comando, não como favor ou privilégio, mas como reconhecimento de que a diversidade multiplica as opções de visão, por estar em sintonia com a realidade em que vivemos.

Nesse sentido, o Poder Judiciário do Ceará trabalha para fortalecer o protagonismo feminino. Eu mesma sou exemplo disso, como terceira mulher a chefiar o Tribunal de Justiça do Ceará e única mulher eleita, neste momento, para presidir um dos Poderes no Estado.

Não posso deixar de citar que a primeira juíza do Brasil foi a cearense Auri Costa Moura, em 1939, protagonista de um pioneirismo que buscamos honrar. Mas o fato é que do ponto de vista histórico, tudo isso é muito recente. Apenas em 1932 as brasileiras conquistaram o direito ao voto, data que foi comemorada, com razão, pelo Tribunal Superior Eleitoral.

É preciso, portanto, seguir avançando. Por isso o Judiciário cearense segue atualmente ampliando o trabalho dos Juizados da Mulher em Fortaleza e no Interior, além de trabalhar, no campo da gestão, com iniciativas como o Programa de Desenvolvimento de Lideranças Femininas no Judiciário, entre outros, lançado em 2021.

Esses esforços visam contribuir com a humanização da Justiça, pelo incentivo à pluralidade nas suas Instituições e pelas ações junto à sociedade. Que as conquistas celebradas neste Dia da Mulher, nas mais diversas áreas, sirvam de inspiração contínua para que mulheres de todos os estratos sociais possam vir a ser protagonistas do seu próprio dia a dia.

Maria Naílde Pinheiro é desembargadora e presidente do Tribunal de Justiça do Ceará.

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