Policial

Devido a cortes do governo federal, obras estão inacabadas em cidades do Ceará.

Obra Inacabada

Escolas, creches, postos de saúde e estradas com obras paradas já mostram sinais fortes da crise econômica que atingiu as cidades cearenses. Apesar da falta de repasse do governo federal ser um problema recorrente para a conclusão de empreendimentos financiados pelos governos federal ou estadual, o agravamento da situação tem preocupado os gestores, em vista do que pode ainda piorar em termos de desenvolvimento até o próximo ano, quando haverá eleições municipais.

Os serviços essenciais, como creches, escolas e postos e saúde, estão sendo os mais atingidos. O presidente da Associação dos Municípios e Prefeitos do Ceará (Aprece), Expedito José do Nascimento, disse que as paralisações estão sendo mais intensas, apesar do aporte de verbas nos últimos dias.

Além de não haver no momento perspectiva para novos investimentos, o temor maior dos prefeitos, segundo a Aprece, é que recrudesça a falta de recursos e mais obras sejam interrompidas, causando desemprego e deixando de atender as demandas das comunidades mais pobres.

Exemplo de aumento nas paralisações de serviços acontece no Município de Crateús. Das dez obras que vêm sendo tocadas pelo município, com parcerias com os governos federal e estadual, quatro tiveram que parar por falta de recursos.

A situação mais demorada envolve o posto de saúde do bairro dos Cajás. O secretário municipal de infraestrutura, Lourenço Torres, disse que a suspensão aconteceu em decorrência dos recursos serem insuficientes para pagar a construtora. Isso aconteceu ao mesmo tempo em que a construção de uma creche, que havia sido suspensa, foi retomada. “Minha preocupação não é tanto neste ano. O que mais me deixa alerta é o que pode acontecer no futuro, com a falta de dinheiro”, disse o secretário de Crateús.

Os recursos são do Ministério das Cidades, mas, apesar de solicitados havia alguns meses, ainda não foram liberados. A avenida, com extensão de 2Km, precisa de R$ 800 mil e o calçamento da comunidade rural, de R$ 400 mil. A contrapartida da Prefeitura, de 5%, está garantida, ressaltou Pimenta.

A maior obra pública realizada nas últimas décadas na região, também é Quixeramobim, o Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), já está pronta. Segundo Cirilo Pimenta, o governador do Ceará, Camilo Santana, está buscando firmar parceria com o governo federal para a unidade, concluída em outubro do ano passado, começar a atender a população desta cidade e mais outros 19 municípios circunvizinhos.

O desembolso mensal estimado para funcionamento do HRSC é da ordem de R$ 10 milhões. O Estado pretende dividir as despesas com o Ministério da Saúde. Confirmado o convênio, os 1.600 profissionais aprovados no processo seletivo para trabalharem no complexo hospitalar serão convocados. Em seguida os atendimentos de emergência e urgência serão iniciados. O investimento na construção do Hospital foi de R$ 87,7 milhões. A informação é da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).

(Diário do Nordeste)

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