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Assassinatos crescem 47% no Estado do Ceará.

De janeiro a setembro deste ano, o Ceará registrou 3.696 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). Se comparado a igual período de 2016, quando 2.511 pessoas foram mortas, o acumulado de 2017 representa um aumento de 47,2% nas ocorrências. No último mês de setembro, o número de assassinatos mais que dobrou no Estado, chegando a 461 casos, enquanto, no ano passado, 222 crimes haviam sido contabilizados. O crescimento absoluto é de 107,7%. 

Destas 461 ocorrências, 173 foram tabuladas somente na Capital, enquanto em igual período do último ano, Fortaleza contava apenas 57 mortes. O acréscimo de um ano para o outro representa um pico de 203,5% e se mostra como o maior índice entre todas as regiões do Estado do Ceará.

Segundo dados divulgados, na tarde dessa sexta-feira (6), pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Fortaleza acumulou, nos nove primeiros meses deste ano, 1.432 assassinatos, sendo mais uma vez a área responsável por puxar os resultados negativos. Isso porque, quando comparado a igual período de 2016, em que 746 crimes entraram para as estatísticas, o percentual de aumento chega a 92%. 

As informações fornecidas pela Pasta indicam ainda que nenhuma área registrou decréscimo no número de CVLIs. A Região Metropolitana de Fortaleza, que somava 52 mortes em setembro do ano passado, viu o número subir para 124 casos, resultando em um aumento de 138, 5%. No acumulado, entre janeiro e setembro deste ano, a RMF alcançou a marca de 924 assassinatos, uma variação de 55,6% a mais em relação a 2016, que teve 594 ocorrências. 

Com 75 crimes em setembro passado, e outros 47 em igual período de 2016, o Interior Norte teve um aumento de 59,6% nos crimes violentos. Já entre os noves meses corridos de 2017, o acréscimo foi de 28,9%.

Para conter os altos índices da criminalidade no Estado, o titular da SSPDS, André Costa, comunicou que um plano de segurança será brevemente apresentado, mas adiantou os eixos em que está organizado. “Um deles é como nós vamos patrulhar com policiamento ostensivo em todo o Estado; outro é saber quais investimentos nós devemos fazer na área de investigação criminal e de Inteligência policial; um eixo também focado no trabalho pericial e um dos principais, que é o eixo da valorização do profissional”, disse. 

Perfil

Uma Comissão de Estudos da SSPDS, coordenada pela delegada Socorro Portela, passou a identificar o perfil das vítimas de CVLIs. O recorte inicial compreende somente a Capital cearense, entre janeiro e julho deste ano. De acordo com o estudo, dos 882 homens e outras 46 mulheres que foram vítimas de homicídios ou latrocínios, 64% deles tinham antecedentes criminais. Pessoas que tinham envolvimento com o tráfico ou que eram usuárias de drogas, representam 84% das vítimas.

Ainda conforme André Costa, o estudo deverá ser ampliado para todo o Ceará. “É um trabalho ainda em andamento, fazendo um recorte das mortes ocorridas em 2017. Depois, a gente concluindo, vai ampliar para a Região Metropolitana e também para o Interior para ter um cenário de todo o Estado”, informou o titular da SSPDS.

(Diário do Nordeste com colaboração de Felipe Mesquita)

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